*
● chegamos aqui ● junto ao mar e ao navio ligeiro ●
● derramando quentes lagrim...as ● entre suspiros ●
● pusemos a bordo ● a agua doce e as ovelhas ●
● levantamos as velas ● rumo ao divino oceano ●
● nos lançamos ao largo ● singrando o grande dia ●
● chegando longe ● ao termo da funda corrente ●
● encontramos a cidade ● coberta por brumas ●
● jamais violada pelo sonho ● de quem não a sonhou ●
● nessa paragem ● afundamos a quilha na areia ●
● e em volta do fosso ● começamos as libações ●
● primeiro hidromel ● depois esperma e vinho espesso ●
● por fim espalhamos por cima ● a cinza branca ●
● dirigindo preces aos mortos ● tomei duas reses ●
● lhes cortei o pescoço ● vendo do sangue escorrer ●
● erguidos ● como vivos em tropel ●
● as almas dos mortos ● vindas do inferno ●
● gritavam todas ● em volta do fosso ●
● de todos os lados ● clamando ao redor ●
● invoquei então os deuses ● doutra escuridão ●
● contendo as sombras ● bem longe do sangue ●
● mas antes de todas ● nos chegou a falar ●
● vindo do tormento ● a sombra do querido elsinor ●
● sentindo o peito destroçado ● me volto pra ele ●
● e buscando as palavras ● pergunto ●
● “como chegaste elsinor ● a esta praia desolada ●
● se bem vivo eu te recordo ● entre livros e mulheres?” ●
● em resposta ele me disse ● sem vigor e sem doçura ●
● “a loucura dum homem ● entre homens odiando ●
● adormeci gozando a vida ● e bem ao acordar ●
● me atirei ao fim ● com tanto amor q nem sei ●
● pois de veneno fui feito ● mas não era assim ●
● nem sabia disto ● ate sentir na boca ●
● a vida inteira envenenada ● o corpo jogado ●
● pra não ter descanso ● dentro do mar ●
● te peço esquecimento ● q não permitas ●
● q a memoria entre voces ● se recorde de mim” ●
● inda por muito tempo ● ambos sentados ●
● trocamos palavras mortas ● como se vivas tivessem ●
● chegamos aqui ● junto ao mar e ao navio ligeiro ●
● derramando quentes lagrim...as ● entre suspiros ●
● pusemos a bordo ● a agua doce e as ovelhas ●
● levantamos as velas ● rumo ao divino oceano ●
● nos lançamos ao largo ● singrando o grande dia ●
● chegando longe ● ao termo da funda corrente ●
● encontramos a cidade ● coberta por brumas ●
● jamais violada pelo sonho ● de quem não a sonhou ●
● nessa paragem ● afundamos a quilha na areia ●
● e em volta do fosso ● começamos as libações ●
● primeiro hidromel ● depois esperma e vinho espesso ●
● por fim espalhamos por cima ● a cinza branca ●
● dirigindo preces aos mortos ● tomei duas reses ●
● lhes cortei o pescoço ● vendo do sangue escorrer ●
● erguidos ● como vivos em tropel ●
● as almas dos mortos ● vindas do inferno ●
● gritavam todas ● em volta do fosso ●
● de todos os lados ● clamando ao redor ●
● invoquei então os deuses ● doutra escuridão ●
● contendo as sombras ● bem longe do sangue ●
● mas antes de todas ● nos chegou a falar ●
● vindo do tormento ● a sombra do querido elsinor ●
● sentindo o peito destroçado ● me volto pra ele ●
● e buscando as palavras ● pergunto ●
● “como chegaste elsinor ● a esta praia desolada ●
● se bem vivo eu te recordo ● entre livros e mulheres?” ●
● em resposta ele me disse ● sem vigor e sem doçura ●
● “a loucura dum homem ● entre homens odiando ●
● adormeci gozando a vida ● e bem ao acordar ●
● me atirei ao fim ● com tanto amor q nem sei ●
● pois de veneno fui feito ● mas não era assim ●
● nem sabia disto ● ate sentir na boca ●
● a vida inteira envenenada ● o corpo jogado ●
● pra não ter descanso ● dentro do mar ●
● te peço esquecimento ● q não permitas ●
● q a memoria entre voces ● se recorde de mim” ●
● inda por muito tempo ● ambos sentados ●
● trocamos palavras mortas ● como se vivas tivessem ●
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