UNS VÃO À PRAIA. EU VOU AO MAR. PORQUE SOU DO MAR... O MAR, AOS QUE SÃO DO MAR: ODOYÁ! ODOYÁ!
Aquários de tubarões não inundam os meus pés. Só quero o vômito da minha própria vazante. Porque, sou Roberta Aymar...
TECIDO VIVO!


sexta-feira, 22 de abril de 2011

La Pietá: A Dor de Mãe

Apaixonada & Dolo(r'osa)*Mente


La Pietà está dentro da dor de cada mãe 
que sofre pelo filho vivo ou morto!



*
● deitado assim parece morto com esses ●
● olhos abotoados essa boca assim meio quase ●
● aberta como se desejasse dizer o q não pode mais ●
● como os mortos e ao redor essa embriagues de eter ●
...● q vc sabe não gosto e esse odor de doentes odor ●
● branco odor de coisas podres ar contaminado essa ●
● infecção a vida envenenada por sonhos tristes e ●
● impotentes não viria se não me tivessem chamado e ●
● assim deitado finado posso me aproximar assim ao ●
● teu lado pegar tua mão gelada como a mão dos ●
● mortos e falar assim em teu ouvido bem devagar e ●
● baixinho como se vc pudesse fazer alguma coisa sair ●
● fugir se esconder como sempre fugiu e se escondeu●
● dizer ●
● não tinhas sexo de homem mas um ●
● botãozinho sujo de mulher e tua ●
● lingua era sordida teu cheiro era acre era ●
● mofo era lavanda inglesa barata era ●
● cheiro de gente velha cheiro de morte e vc ●
● não passa dum verme mesmo morto ●
● conhecerão tuas palavras mas vc ●
● mesmo não era homem e não sei ●
● nem saberei jamais nem quero saber ●
● como isso aqui assim morto agora ●
● foi capaz de criar tão belos poemas ●
● aquilo de ser muitos era porq vc ●
● nunca foi ninguem e quando pode ser ●
● pessoa não foi nada sempre mentindo ●
● burlando tão profundamente q pensava ●
● realmente q era homem q era poeta e ●
● não sabia nem passado nem futuro cravado ●
● naquele presente todo ridiculo em delirio ●
● agora assim em teu ouvido bem baixinho ●
● posso apenas te dizer meu ultimo termo ●
● como adeus como se nunca tivesse dito a ●
● mim mesma todos os dias e a cada hora ●
● “eu te amo” ●
*Alberto Lins Caldas*





 









Meu sincero afeto e afago nos corações das mães 
que choram os seus filhos mortos (ou vivos)!

 *Roberta Aymar*


Recife, 22.abril.2011.


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