"Beijo Póstumo "
Stecchetti
(Olindo Guerrini )
( 1845-1916 )
Eu morrerei: a grande noite austera
vem chegando com o tempo que não para;
já a cova negra minha carne espera
e, abrifauce e faminta, se prepara...
Quando tudo renasce à primavera,
eu só não tornarei da terra ávara;
e, do meu corpo, que não chão se altera,
brotará a mangerona, humilde e rara.
Em nome deste amor, vai lá, querida,
e sobre a tumba compassiva e pura,
colhe uma planta de meu ser nutrida.
Beija-a, porque aos teus beijos de ternura,
logo os meus ossos, como outrora em vida,
palpitarão de amor na sepultura!
(Olindo Guerrini )
( 1845-1916 )
Tradução de Baptista Cepelos
Eu morrerei: a grande noite austera
vem chegando com o tempo que não para;
já a cova negra minha carne espera
e, abrifauce e faminta, se prepara...
Quando tudo renasce à primavera,
eu só não tornarei da terra ávara;
e, do meu corpo, que não chão se altera,
brotará a mangerona, humilde e rara.
Em nome deste amor, vai lá, querida,
e sobre a tumba compassiva e pura,
colhe uma planta de meu ser nutrida.
Beija-a, porque aos teus beijos de ternura,
logo os meus ossos, como outrora em vida,
palpitarão de amor na sepultura!
Com o título “ Eterno Amor ” há outra
tradução deste soneto feita por Othon Costa
tradução deste soneto feita por Othon Costa
in
J G de Araujo Jorge,
"Os Mais Belos Sonetos Que O Amor Inspirou"
Poesia Universal - Européia e Americana -
Vol. III - 1a edição 1966
Fonte: http://www.jgaraujo.com.br/belosonetos3/042_stechetti_beijo_postumo.htm
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